O cabo submarino EllaLink conectará data centers em Madri e São Paulo, assim como em Lisboa, usando anéis de fibra blindada.
Os governos do Brasil e da Espanha se juntaram para ligar os dois países por um cabo submarino no Oceano Atlântico e oferecer serviços online e em nuvem rápidas para cidadãos de ambos os países até 2019, ressaltando esforços para desviar as comunicações para fora da América do Norte.
O cabo submarino EllaLink conectará data centers em Madri e São Paulo, assim como em Lisboa, usando anéis de fibra blindada.
O cabo também ligará os arquipélagos da Madeira, as Ilhas Canárias da Espanha e Cabo Verde da África ao longo da rota.
Durante um evento em São Paulo, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse que a obra para construir o primeiro cabo submarino de fibra óptica ligando a Europa ao Brasil deve ajudar a melhorar a segurança e a privacidade dos dados, por redirecionar as chamadas e navegação pela internet para longe do alcance dos EUA.
A ideia ganhou força quase quatro anos após a ex-presidente Dilma Rousseff e outros autoridades terem sido alvos de espionagem pessoal e econômica por agências de inteligência dos EUA.
Documentos divulgados pelo ex-contratado da agência de espionagem dos Estados Unidos Edward Snowden em 2013 mostraram que a Agência de Segurança Nacional dos EUA havia espionado os telefonemas de Dilma e de milhões de brasileiros.
O cabo submarino de 9.200 km de extensão e capacidade de 72-terabytes por segundo, é cerca de sete vezes o tamanho da capacidade de comunicação existente entre a América Latina e o resto do mundo, disse Alfonso Gajate, presidente da EulaLink, um dos parceiros no negócio.
A única ligação direta entre a Europa e a América do Sul é um cabo de cobre de 20 Gb colocado em 1999 por um consórcio de operadores de telefonia.